sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

A decisão de um sertanejo


Raimundo Nonato é um sertanejo "arretado", trabalhador incansável, devoto fervoroso e um sonhador. Ele reza pela chuva, reza pelo pão e reza principalmente por uma oportunidade melhor para seus filhos.
Certo dia ao voltar para casa, Raimundim, como é conhecido no sertão, observou alguns meninos de uniforme que saiam da escola e os comparou a seus filhos que o seguiam. Apesar de sua pouca educação vislumbrou ali o caminho a ser trilhado. Logo em seguida, como num estalo, exclamou: É isso! Todos vocês irão estudar!
Os filhos indagaram como se daria isso já que desempenhavam tarefas na lavoura. Raimundim os anima ao afirma que de agora em diante eles só teriam que se preocupar com os estudos. Dizia isso na esperança de que os filhos não seguissem sua sina.
Os filhos abtuaram-se rapidamente à nova vida e frequentavam a escola com prazer. Nem se lembravam mais do trabalho árduo da lavoura.
O tempo passa e as dificuldades aumentam por não contar mais com a ajuda dos filhos. Como continuar com o sonho se por vezes falta comida? Não seria melhor desistir e colocar os meninos na "labuta"? Raimundim passou dias nessa dúvida. Pensava em não matricular os filhos na escola, talvez fosse melhor que eles se tornassem lavradores.
No dia em que a fome tornou-se quase insuportável o menino mais novo o fez chorar. O choro brotou não pela fome e sim pelo que o filho lhe disse:
-Pai já sei ler e, por isso, logo estarei tão "sabido" quanto a professora!
O menino foi além:
-Meu destino é ser o diretor da escola e depois o prefeito!
A idéia do menino mais novo era a de ser prefeito para que todas as crianças tivessem possibilidade de estudar e com isso modificar a condição em que viviam. Raimundim explicou que todas as crianças podem estudar mas o filho respondeu que não era bem assim. As palavras do filho foram:
"Pai a vida é dura! A cartilha é para poucos!
Observe a nossa volta, os filhos dos nossos vizinhos trabalham na fábrica de farinha.
Sorte a nossa que o senhor não nos deixa trabalhar. Sei das dificuldades e quero agora agradecer-lhe por não desistir do nosso futuro.
Vou ser prefeito para que os outros pais não tenham dúvida entre colocar os filhos na escola ou os colocar no trabalho.
Quero que todos tenham as mesmas oportunidades!"
Nesse momento Raimundim percebe que deve procurar outros meios para a satisfação das necessidades e reza a Deus que o ajude. Mas o mais importante é que ele tem a certeza de ter traçado o caminho correto. O fim dessa história eu ainda não sei qual será.
Sei que o lema do Raimundim repete Nelson Mandela:
"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo."

Você sabia?


A Constituição tem um capítulo que trata da família, da criança, do adolescente e do idoso.
O art. 226 enuncia no § 3º :
Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Barra do Corda


Debate bastante acalorado é o que diz respeito às idéias e práticas de quem "tá fora" e quem mora em Barra do Corda. Vou expor minha visão.
Sabemos que nossa cidade é muito carente em todos os sentidos e não será com discussões estéries que caminharemos rumo às soluções. Nessa polêmica deve-se ter em mente a vivência democrática, debater idéias e não desqualificar as pessoas em virtude de suas residências.
Minha última visita a terrinha foi em 2007. Em todas as vezes que fui sempre procurei fazer um paralelo das mudanças. Percebi, como muitos, que houve melhoria, mas a degradação foi maior. Minha maior preocupação é com a passividade, de todos, diante dos problemas.
É triste que uma cidade circundada por "dois" rios tenha boa parte de sua população sem acesso à água encanada. É revoltante a devastação da mata ciliar. É intolerável uma educação que não cumpre sua função. É repugnante que a política tenha se tornado politicagem. É frustante que os órgãos ficalizadores não funcionem como deveriam. É um absurdo a insegurança a que a cidade está submetida ...
Sei que estou enumerando o que muitos já tem em mente. Sei que devem pensar:
-É isso aí! E o que você fez?
Respondo que, ainda, muito pouco. Minhas ações ainda estão restritas ao campo das idéias ou dos sonhos, como diria Eduardo Galvão (colaborador do site turmadabarra.com). Sinceramente não sei como agir. Preciso da colaboração de quem vive na Barra, dos intelectuais, dos políticos, dos educadores. dos ecologistas, dos jovens, dos comerciantes enfim de quem se preocupa e quer mudar o quadro atual.
Posso não ter acrescentado muito. Meu intuito maior foi o dizer que estou disposto a agir. Para isso preciso de colaboração para traçar o caminho a seguir e de companhia para trilha-lo.

Extradição


O caso da extradição do italiano Cesare Battisti é um dos assuntos de maior repercussão dos últimos dias. Muitas são as notícias a respeito e poucas são as análises sobre o caso. Não tenho a pretensão de esgotar o assunto faço, apenas, minha análise.
O assunto repercutiu em função da decisão do Ministro da Justiça em conceder refúgio ao italiano. Esse tipo de decisão é da competência política do Poder Executivo e, de acordo com o artigo 33 da Lei nº 9.474/97, sua concessão gera a extinção do processo de extradição, desde que haja pertinência temática entre a motivação do deferimento do refúgio e o objeto do pedido de extradição.
A questão pricipal é saber qual a motivação para a concessão do refúgio. Atos políticos diferem do que em Direito denomina-se ato vinculado. Naqueles o Judiciário tem um alcance menor por haver independência entre os Poderes. Portanto nesse caso pouco pode ser discutido no STF. No entanto é importante que haja uma explicação melhor para a prática do ato porque ele envolve uma questão que influencia todo o Estado.
A decisão do Ministro contrariou recomendação expressa do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, que defendera a extradição do criminoso condenado Cesare Battisti. Desprezou o parecer do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) - órgão consultivo do Ministério da Justiça - que negara o pedido de refúgio de Battisti. Opôs-se ao Itamaraty, que tivera a perspicácia de detectar o quanto era importante essa extradição para a diplomacia italiana.
Cesari Battisti atuou no grupo Proletários Armados pelo Comunismo. Não era um “guerrilheiro” que lutava contra uma ditadura. Até porque a Itália de então vivia - como vive desde o fim da 2ª Guerra Mundial - uma plena democracia, com liberdade de atuação e manifestação política. As justificativas do Ministro foram:"pode não ter tido direito à própria defesa, já que foi condenado à revelia" e "há indícios de que o advogado, que defendeu Battisti na Itália, tenha se utilizado de uma procuração falsificada".
Discordando do pensamento do Ministro, entendo que no campo das Relações Internacionais deve-se ter certeza dos fatos para a tomada de uma decisão, sob pena de causar entreveros diplomáticos. Não me convence nehuma das justificativas apresentadas para concessão do refúgio e, vou além, suponho que houve apenas afinidades ideológicas.
Espero que os desdobramentos não sejam desastrosos na relação entre Brasil e Itália. Mas não resta dúvida que a imagem do nosso país sai arranhada. O governo deve evitar a imagem, muito comum em filmes, de abrigo para foragidos.


Você sabia?

A Constituição em seu art. 5° diz:
LII - Não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

O início

Fui reticente em montar um blog mas a vontade de expressar minhas idéias falou mais alto e aqui estou.
Espero que minhas postagens gerem curiosidade e prosperem em comentários.

O início

Fui muito reticente em montar um blog. No entanto a vontade em expressar minhas idéias falou mais alto e aqui estou.
Espero que minhas postagens gerem curiosidade e prosperem em comentários.

Guilherme


Trabalhando