Ontem, ao assistir "Caminho das Índias", lembrei-me de um dos livros mais instigantes que li. Trata-se de: O Alienista ( Machado de Assis).
O personagem Tarso apareceu em uma clínica psiquiátrica e de logo me veio a lembrança da Casa Verde (clínica psiquiátrica machadiana). Daí não consegui mais assistir a novela e me perdi na "releitura do livro". Confesso que fiquei refletindo e ao mesmo tempo me divertindo com as situações, com os diálogos, enfim, com todo o enredo da obra.
Machado, na minha concepção, é genial. Sua ironia encanta e provoca reflexão. O que dizer de um enredo enriquecido pelo debate entre a teologia e a ciência, pelo embate entre loucura e razão e pelo exame sobre o poder. Neste ponto entra em cena a figura da Igreja fazendo o papel de vigia e de orientadora dos caminhos da ciência (padre Lopes que o diga).
O Alienista é um livro instigante e pequeno. É uma boa recomendação para quem está se iniciando no mundo da leitura. Cito uma das passagens do livro:
"A loucura, objeto dos meus estudos, era até agora uma ilha perdida no oceano da razão; começo a suspeitar que é um continente" (Simão Bacamarte).
São muitos os comentários que poderiam ser feitos aqui. No entanto, o que pretendo é apenas expor minha "resenha" e que ela gere curiosidade em quem, ainda, não teve o prazer de ler O Alienista. Espero ter instigado a curiosidade pela obra e incitado comentários sobre a mesma.
Até mais.
