quinta-feira, 7 de abril de 2011

Amor e Revolução

Ontem assisti ao primeiro capítulo da novela do SBT. Bem diferente da qualidade das novelas da Globo, mas foi gratificante. Tem a proposta de mostrar tema de relevância histórica além de ser polêmico e isso, num país sem a cultura da leitura, vale muito.

Espero que seu desenvolvimento desperte o interresse de quem nunca procurou informações sobre o tema e que, além disso, mostre de uma forma "didática" esse período nefasto de nossa história.

Sempre fiquei impressionado com a coragem dos CIDADÃOS que lutaram e até mesmo deram a vida para que eu ou você pudéssemos, hoje, ser livres para manisfestar pensamentos. Juventude engajada num ideal, politizada e corajosa.

Sobre a novela importa ressaltar, ainda, a trilha sonora. Pois o que falar de canções como: Pra não dizer que não falei das flores, Roda Viva, O que será.

Espero que aprendamos um pouco sobre qual deve ser o propósito da vida. Será o de apenas passar por ela ou o de fazer algo de útil?

Como diz o refrão do clássico de Geraldo Vandré:

"Vem, vamos embora que esperar não é saber quem sabe faz a hora, não espera acontecer".

sexta-feira, 1 de abril de 2011

"Imunidade Parlamentar"

Somos privilegiados por vivermos em uma democracia e podermos debater quaisquer assuntos sem a vigilância nefasta das ditaduras. No entanto, é muito difícil a compreensão dessa "liberdade" quando nos deparamos com comportamentos que se mostram inadimissíveis ao nosso modo de pensar a vida em sociedade.

Em decorrência disso tive que me "policiar" antes de postar este texto. Ao mesmo tempo que fico feliz em retornar a escrever me entristeço ao perceber que existem muitas pessoas como o senhor Jair Bolsonaro, deputado federal pelo PP/RJ, que tem um pensamento abjeto.

Fazendo um breve resumo sobre como cheguei a essa conclusão, basta dizer que o "ilusttre Deputado" não se cansa em proferir pérolas racistas e homofóbicas. A última foi proferida em resposta a uma pergunta feita pela cantora Preta Gil, no programa CQC, sobre qual seria o comportamento dele se um de seus filhos se apaixonasse por uma mulher negra. A resposta foi a seguinte: "Ô, Preta, eu não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco. Meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambientes como lamentavelmente é o teu"

Chocante? A justificativa é que ele havia entendido ser uma pergunta sobre relacionamento homossexual. Chocante? É ..., vivemos numa democracia, podemos expressar livremente o pensamento. Mas tais expressões não seriam racismo ou afronta a dignidade da pessoa humana? Racismo é crime! A dignidade da pessoa humana um dos maiores direitos constitucionais. E aí?

Retornemos ao título deste post, o Deputado usa o escudo da Imunidade Parlamentar como instrumento de defesa. Mas até onde vai o alcance dessa garantia constitucional que em seu nascedouro vislumbrava a defesa do debate político?

Certos assuntos, como os aqui expostos, ainda merecem um grande debate. E foi pensando nisso que não pude deixar de expressar meu pensamento. A vida social exige um comportamento de aceitação das diferenças, quer sejam elas raciais, religiosas, políticas ou relativas à orientação sexual. Isso não quer dizer aprovação, mas tão somente convívio respeitoso.

O Deputado Bolsonaro representa o pessamento de muitos e talvez tenha sido eleito por isso. O problema está na forma de suas expressões, elas não levam ao debate, o que seria salutar, elas causam embate que por vezes chegam aos níveis mais baixos.

Racismo e homossexualismo são assuntos que não devem ser debatidos como lutas de vale tudo mas como forma de engrandecer o homem e a sociedade que ele compõe. E vcs, o que pensam?